"Neste momento os jogadores são capazes de caminhar sobre a água", explicou Sigfríður Clementsen, à espera de conseguir mais um milagre pelo Víkingur frente ao Rijeka.
por Hans Pauli Joensen
de Tórshavn
O treinador Sigfríður Clementsen tem ambições elevadas para o Víkingur. |
A equipe das Ilhas Faroe contrariou todas as expectativas na semana passada ao bater por 2-1 na Noruega o Tromsø IL, que terminou o jogo reduzido a dez elementos, isto depois da primeira mão ter terminado sem gols. O próximo adversário é o HNK Rijeka, que marcou presença na fase de grupos da época passada, com o primeiro jogo marcado para Tórshavn na quinta-feira. "Estamos à espera de um jogo mais difícil mas estamos determinados em vencer os croatas e chegar ainda mais longe", explicou Clementsen. "Nesta altura os jogadores são capazes de caminhar sobre a água, por isso temos todas as condições para atingir o nosso objetivo."
Clementsen não é um estreante no que toca a milagres, pois conduziu o B36 à segunda pré-eliminatória da UEFA Champions League em 2006. O técnico considera a última proeza equivalente à conseguida pela seleção das Ilhas Faroe na estreia em jogos oficiais, em 1990, quando humilhou a Áustria ao vencer por 1-0. "As equipes das Ilhas Faroe têm vindo a conseguir bons resultados fora de casa e parece que estamos a evoluir gradualmente", explicou. "Estou muito orgulhoso dos jogadores e de tudo o que conseguiram. Isto é fantástico para todo o futebol das Ilhas Faroe."
O presidente Brandur Jacobsen atribui a melhoria do Víkingur a uma combinação equilibrada entre união e ambição. "Trabalhamos intensamente para conseguir resultados e fazer história. É isso que estamos a fazer neste momento", afirmou sobre o clube que só foi criado em 2009, na sequência da fusão entre o GÍ Gøta e o LÍF Leirvík. O fato do Víkingur ser de uma cidade com apenas 2000 habitantes ajuda a "colocar tudo em perspectiva", segundo Jacobsen.
O sentimento de euforia que se sente na equipe é sintetizado pelo capitão Atli Gregersen. "Foi incrível ouvir os adeptos a cantar 'Fair Flower' [um hino das Ilhas Faroe] enquanto os jogadores dançavam em redor do campo", afirmou. "Foi surreal, tive de dar um passo atrás para perceber o que se estava a passar. É impossível encontrar palavras para explicar o que senti."
Leia a versão original no site da UEFA
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